terça-feira, 8 de setembro de 2020
Fonte: O Globo
A expectativa é que o volume de transações desse tipo chegue a R$ 31,3 bilhões no segundo semestre deste ano, de acordo com estimativa feita pela consultoria Alvarez & Marsal a pedido do GLOBO. É um aumento de 66% em relação à primeira metade do ano, quando foram finalizados R$ 18,8 bilhões em operações.
A lista de negociações em curso é extensa e envolve diversos setores, com destaque para saúde, tecnologia, varejo e telecomunicações.
A Petrobras segue com a meta de vender parte de suas refinarias ainda este ano, além de campos de petróleo e outras subsidiárias, que tem investidores estrangeiros entre os interessados. A varejista Magazine Luiza, que adquiriu no último mês quatro empresas, já sinalizou a investidores que o apetite segue em alta.
No setor de tecnologia, a disputa entre a Stone e a Totvs pela Linx, em presa de software de gestão para o varejo, tem chamado a atenção com lances superiores a R$ 6 bilhões.
FATORES FAVORÁVEIS
Levantamento da consultoria Deloitte, que mede as transações concluídas e em curso, também indica forte potencial de novos negócios na segunda metade do ano. Foram 211 operações entre março e maio. Entre junho e agosto, o número saltou para 334.
Os juros baixos, com a Selic em 2% ao ano, no menor patamar da série histórica, levam investidores a buscar outras aplicações e ajudam a explicar o reaqueci mento dos negócios. Também contribui para isso a desvalorização do real, que atrai estrangeiros em busca de negócios promissores e baratos. Além disso, a própria pandemia aumentou os problemas de empresas já em dificuldades, que ficam mais vulneráveis à venda.
Reinaldo Grasson, sócio da Deloitte, diz que o aumento no número de empresas que pretendem abrir seu capital na Bolsa por meio de oferta pública inicial de ações (IPO) também favorece a ida às compras.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM ), há 46 empresas na fila, um recorde: — A Bolsa voltou aos 100 mil pontos, e o volume de IPOs indica que já há uma retomada.
As empresas abrem seu capital em grande parte para se capitalizar e fazer aquisições.
Para analistas, o cenário de retomada de fusões e aquisições pode ser um sinal de que 0 pior momento da economia passou, com investidores enxergando o longo prazo. Na semana passada, o IBGE apontou um recuo de 9,7% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, a maior retração já registrada no país. A aposta agora no mundo dos negócios é numa recuperação, ainda que lenta.
FONTE: O Globo. Leia a notícia completa em portal.newsnet.