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Análise financeira de produção de grãos: Quem é o pop do agro?

Friday, July 30, 2021

No dia 28 de julho, comemora-se o Dia do Agricultor. Por isso, decidimos homenagear com este estudo aqueles que se dedicam a essa atividade tão nobre. Se quisermos eleger o “grande agricultor do Brasil”, certamente a gigante SLC Agrícola será nossa principal candidata.

Neste ano, dois negócios promovidos pela companhia mostraram que seu movimento é claro: tornar-se a inalcançável produtora agro do país.

O arrendamento de terras da Agrícola Xingu e a aquisição da Terra Santa (transação de R$ 753 milhões em andamento e já aprovada pelo CADE) confirmam a hegemonia da SLC nesta amostra de empresas de produção agrícola extraídas da plataforma Klooks.

As receitas combinadas dos negócios chegam a R$ 4,7 bi, e a área plantada consolidada atinge aproximadamente 700 mil hectares; o que corresponderia, por exemplo, a 4,3x o tamanho da cidade de São Paulo e 13,3x o de Porto Alegre.

Dada a sua relevância em área plantada, margem EBITDA e resultado, a SLC Agrícola se destaca de seus pares, deixando uma dúvida quanto aos seus próximos passos estratégicos: aquisições continuarão a fazer sentido?

A resposta pode não ser óbvia, levando a potenciais caminhos de verticalização da cadeia e expansão da atuação:

• Por exemplo, através de companhias com foco nas sementes (e não nos grãos), como empresas genéticas, de melhoramento e/ou multiplicadores, abrindo assim novas linhas de negócios e receitas sobre produção de terceiros através da venda das sementes.

• Outro caminho seria o de compra e venda de terras, com melhoria dos solos e produção agrícola durante o intervalo, conforme realizado pela Brasilagro, empresa tradicional neste modelo de negócios e companhia também aberta na B3. O aquecimento de transações em ativos imobiliários agro pode ser notado pelas recentes movimentações do Banco BTG Pactual em seus fundos agro. Neste ano, banco já fez 11 deals desse tipo, que, somado a mais um negócio anunciado para os próximos 2 meses, chegarão perto de R$ 1 bilhão investidos. Para noções de grandeza, a área adquirida neste último anúncio, entre 12 e 15 mil hectares, representa aprox. 6% da área administrada pela Brasilagro.

• Além disso, os movimentos ligados à inovação e à eficiência produtiva, representados por agtechs, é um caminho que já começou a ser trilhado pelas grandes produtoras, como pela própria SLC a partir da iniciativa SLC Ventures, fundo investidor que já apostou na startup de gestão de fazendas Aegro.

Enquanto ações que buscam maior área cultivada suportam valor à companhia, os movimentos de verticalização podem destravar importantes alavancas de geração de valor… Leia mais em klooks 29/07/2021

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